quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Paragem...



Sentado naquela paragem fria,
Observava-te ao longe…

- “TU e EU?”
- “É por isso que quero lutar”

Vejo-te, então, partir.

Segues o teu caminho,
Sem nunca olhar para traz.

Observo-te até desapareceres no horizonte.

Pela primeira vez sinto um vazio…
Apetece-me saltar daquele banco
E correr na tua direcção.
Agarrar-te, abraçar-te, beijar-te, sentir-te...

Quero ter a certeza que tudo
Te é indiferente, como dizes.

Devemos apenas arrepender-nos
daquilo que não fazemos.
E eu já estou farto de me arrepender tanto.

Quero agir mais…
Arriscar…
“Quando se luta obtém-se resultados”

Quem me dera ter mais forças
para lutar por aquilo que mais quero.

LUTAR POR TI,
Lutar por mim,
Lutar por NÓS!

“Keep it together”

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Arrisco?!


Pego na tua caneta,
E começo a escrever…
Cada pedaço de tinta derramado,
Tem um pedaço de ti…

Ouço o teu coração bater,
Quando fecho os meus olhos...
Sinto a tua presença, o teu cheiro, o teu toque…

Quero saltar do abismo…
Arriscar, sentir a sensação de liberdade…
E ficar nos teus braços.

Mas sou envolto em medos, receios, mágoas antigas,
que me impedem de avançar…

Cada vez ouço menos o teu bater…
Sinto que te perco na escuridão…
Tento sair dela… Mas é mais forte que eu…

A escuridão apodera-se de mim…
Imagens antigas, memórias esquecidas,
voltam aos meus pensamentos
Atormentam-me, e não me permitem avançar…

Ao fundo, uma melodia,
Traz a luz ao fundo do túnel.

Vejo-te na luz!

Sinto que está na hora de seguir em frente,
Arriscar e saltar do abismo…
Mas não faz sentido arriscar sem ti.

Arriscas comigo?!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Paixão em Segredo
















Todo o ser esconde um segredo.

A vida é gerada por isso mesmo…
Segredos, que podem tornar a nossa vida mágica…
Mas também a pode tornar no nosso pior pesadelo.

Há segredos que tentamos guardar a todo o custo,
mas que nos deixam infelizes.

Acabamos, por vezes, 
por magoar as pessoas que mais amamos,
Com medo que os nossos segredos sejam revelados.

Por muito tempo estive iludido pelo encanto do segredo.

Magoei e magoei-me.

Hoje arrependo-me de tanto mal que provoquei,
Em prol de ver o meu segredo guardado.

Mas chegou o momento de lutar pela minha felicidade,
em vez de lutar por um segredo bem guardado.

Já não me importa o que dizem, pensam ou fazem.
Não me importa os segredos.
Apenas a busca pela felicidade.

Umas mãos escondidas sobre os olhares desatentos 
das almas que nos rodeavam,
Reacendeu uma antiga chama,
Há muito esquecida e apagada.

Chama essa, que eu próprio, deixei apagar.

Eu queria que o tempo voltasse para trás,
E pudesse remediar erros do passado.

Mas algo me diz, que já não é possível.

A vida continua, e agora resta-me lutar por ti.

Será que ainda vou a tempo?!

O turbilhão de ideias,
invade a minha cabeça.
Fico descontrolado, sem saber o que pensar,
Nem como agir.

Apenas te quero a meu lado,
agora que partiste.

O teu nome permanecerá em segredo,
Cravado no meu coração.

Até um dia.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Melodia do amor



O sol volta a brilhar
E os meus olhos,
Encadeados pelo seu brilho,
Trazem á minha mente o teu retrato.

Vejo o teu sorriso,
Encantador e reluzente,
O sol do meu dia.

Tinha saudades de um sorriso assim.
Coloco música calma...

As mesmas músicas que colocaram lágrimas no meu rosto,
Esboçam, agora, um pensamento feliz.

Liberto a alma,
Deixo o meu pensamento dançar, livremente.

Sorrio,
E deixo-me embalar pela melodia,
Que me envolve,
E me relaxa…

Vou deixar os meus olhos fechar,
E voltar a sonhar com o teu rosto,
As tuas carícias,
Os teus lábios…

Sonhar contigo…

Até já.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Também sinto.




Hoje senti necessidade de escrever…
Na escrita abrigo-me, e as palavras fluem livremente.
Já o mesmo não acontece, quando falo.

Senti necessidade de vir escrever o que não consigo exprimir.
Sinto necessidade de dizer o que sinto.
Sinto necessidade de chorar, de gritar…
Mas sobre tudo sinto a necessidade de RESPIRAR.

Sinto um sufoco em mim.
Grito por ajuda, mas ninguém parece ouvir.

Todos os seres sentem…
Todos os dias os nossos sentimentos mudam,
E tomam conta das nossas acções e dos nossos pensamentos.

Eu neste momento, já não consigo saber o que sinto.

Sinto que tenho que esboçar um sorriso, para tudo parecer bem.
Mas nem tudo está bem.

Sinto que tenho que ser mais verdadeiro, e mostrar o meu verdadeiro EU.
Mas nem sei quem sou de verdade.

Sinto que devo dizer o que me vai na alma, e dizer tudo o que tenho entalado.
Mas nem sei que palavras escolher.

Na realidade sinto-me confuso.

Não sei o que sentir, o que dizer, nem como agir.
Cada gesto, cada pensamento, cada palavra…
Tem que ser pensado ao pormenor, para não magoar ninguém…
Quanto mais penso, mais magoo.
Não quero magoar mais.
Não quero pensar mais…

Mas se penso sem agir…
Torno a magoar.

A minha mente é consumida por um turbilhão de pensamentos.
O que posso mais eu fazer?

Sinto-me a mergulhar.
Afundando-me pelas águas cristalinas…

Sinto-me sem ar…
Mas já nem isso importa…

À medida que me afundo,
Sinto que me falta o ar,
Sinto que não penso,
Sinto que não ajo,
Sinto que não Magoo.

Sinto uma liberdade,
Sinto-me leve.

Sinto-me EU.

E EU, SINTO-ME PERDIDO.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ABISMO


GRITO, em silêncio, grito!

Tenho esperança que algum ser mais atento, possa ouvir,
este meu grito mudo.

Um grito de sufoco, pânico, e mágoa…
Grito, mas ninguém me houve.

Todos dão mais importância às aparências do dia-a-dia,
que à verdade crua.
Sinto-me a cair no abismo, a flutuar.
O tempo consome-me a mente, um dia poderá levar-me daqui…
Um sorriso é pintado, para disfarçar o sufoco da alma…
É apenas esboçado, para que alguém
perceba que não é verdadeiro.
Mas todos estão mais preocupados com o seu umbigo,
e não olham para o que os outros pensam ou sentem.

E eu caiu… Num abismo que parece não ter fim…

A sensação de liberdade é tão boa,
enquanto caiu livremente.

Mas a existência de abutres esfomeados,
torna a minha queda turbulenta…

Centímetro a centímetro mais um abutre se aproxima,
e me consome o corpo e a alma.

Até quando conseguirei satisfazer estes abutres?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Silencio



Palavras mudas flutuam pelo ar,
O teu olhar, os teus lábios, o teu rosto…
Não me sai da cabeça…
As tuas frases sentimentalistas deixam-me a pensar…

Queria poder olhar-te novamente,
Olhos nos olhos,
Para poder perceber o que sentes.
Prender os teus olhos nos meus,
Captar a tua atenção,
E conquistar-te.

Queria poder tocar-te de perto,
Acariciar-te, beijar-te…
Longe dos olhares indescretos,
Longe do mundo…
Só eu , tu e o nosso amor.

Quando te voltarei a ver?
A abraçar?
Aquele abraço que jamais esquecerei,
Com um leve sabor de despedida,
Mas não despedida eterna…
Foi mais como um “Até já”

Talvez um dia,
Ouças as minhas palavras mudas,
E percebas, o que em silêncio te quero transmitir.

Porque, por vezes o silencio das palavras é o melhor som que podemos ouvir... Basta um olhar para desvendarmos a alma...