Gostava de poder voltar aos 8 anos de idade.
Talvez aos 3.
Quando ainda não tinha consciência do sofrimento, da mágoa.
Apenas me ria, divertia, dançava, assistia.
Sentia conforto nos braços longos e no corpo esguio.
E assim adormecia.
Mais nada importava.
Vivia intensamente.
Agora tenho a consciência.
Tenho a saudade.
Sinto a falta.
Relembro as curvas, as rectas, os olhares.
Os lábios, o pescoço, a carne. O sofoco.
Gostava de voltar.
Só que não.
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