segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Melodia do amor



O sol volta a brilhar
E os meus olhos,
Encadeados pelo seu brilho,
Trazem á minha mente o teu retrato.

Vejo o teu sorriso,
Encantador e reluzente,
O sol do meu dia.

Tinha saudades de um sorriso assim.
Coloco música calma...

As mesmas músicas que colocaram lágrimas no meu rosto,
Esboçam, agora, um pensamento feliz.

Liberto a alma,
Deixo o meu pensamento dançar, livremente.

Sorrio,
E deixo-me embalar pela melodia,
Que me envolve,
E me relaxa…

Vou deixar os meus olhos fechar,
E voltar a sonhar com o teu rosto,
As tuas carícias,
Os teus lábios…

Sonhar contigo…

Até já.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Também sinto.




Hoje senti necessidade de escrever…
Na escrita abrigo-me, e as palavras fluem livremente.
Já o mesmo não acontece, quando falo.

Senti necessidade de vir escrever o que não consigo exprimir.
Sinto necessidade de dizer o que sinto.
Sinto necessidade de chorar, de gritar…
Mas sobre tudo sinto a necessidade de RESPIRAR.

Sinto um sufoco em mim.
Grito por ajuda, mas ninguém parece ouvir.

Todos os seres sentem…
Todos os dias os nossos sentimentos mudam,
E tomam conta das nossas acções e dos nossos pensamentos.

Eu neste momento, já não consigo saber o que sinto.

Sinto que tenho que esboçar um sorriso, para tudo parecer bem.
Mas nem tudo está bem.

Sinto que tenho que ser mais verdadeiro, e mostrar o meu verdadeiro EU.
Mas nem sei quem sou de verdade.

Sinto que devo dizer o que me vai na alma, e dizer tudo o que tenho entalado.
Mas nem sei que palavras escolher.

Na realidade sinto-me confuso.

Não sei o que sentir, o que dizer, nem como agir.
Cada gesto, cada pensamento, cada palavra…
Tem que ser pensado ao pormenor, para não magoar ninguém…
Quanto mais penso, mais magoo.
Não quero magoar mais.
Não quero pensar mais…

Mas se penso sem agir…
Torno a magoar.

A minha mente é consumida por um turbilhão de pensamentos.
O que posso mais eu fazer?

Sinto-me a mergulhar.
Afundando-me pelas águas cristalinas…

Sinto-me sem ar…
Mas já nem isso importa…

À medida que me afundo,
Sinto que me falta o ar,
Sinto que não penso,
Sinto que não ajo,
Sinto que não Magoo.

Sinto uma liberdade,
Sinto-me leve.

Sinto-me EU.

E EU, SINTO-ME PERDIDO.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ABISMO


GRITO, em silêncio, grito!

Tenho esperança que algum ser mais atento, possa ouvir,
este meu grito mudo.

Um grito de sufoco, pânico, e mágoa…
Grito, mas ninguém me houve.

Todos dão mais importância às aparências do dia-a-dia,
que à verdade crua.
Sinto-me a cair no abismo, a flutuar.
O tempo consome-me a mente, um dia poderá levar-me daqui…
Um sorriso é pintado, para disfarçar o sufoco da alma…
É apenas esboçado, para que alguém
perceba que não é verdadeiro.
Mas todos estão mais preocupados com o seu umbigo,
e não olham para o que os outros pensam ou sentem.

E eu caiu… Num abismo que parece não ter fim…

A sensação de liberdade é tão boa,
enquanto caiu livremente.

Mas a existência de abutres esfomeados,
torna a minha queda turbulenta…

Centímetro a centímetro mais um abutre se aproxima,
e me consome o corpo e a alma.

Até quando conseguirei satisfazer estes abutres?